15.1.08


BILHETE DUPLO 12€
válido até ao final da carreira dos dois espectáculos





O video que fiz para este espectáculo, foi todo construído com as imagens do espectáculo anterior do Cão, A Carta Roubada. Os Cães pediram-me para escrever um texto sobre ele.

11.1.08



3 um espectáculo de Cão Solteiro & André Godinho com texto de Rui Nunes

de 18 Janeiro a 17 Fevereiro, terça a domingo
21.30h
preço 10€ / 7,5€
reservas 96 017 47 98


"A Carta Roubada estava escondida, à vista de todos, pousada numa caixa, na mesa, junto dos cartões de visita. Só precisou, para ser encontrada, que alguém olhasse para ela e a soubesse ver.

O P. contou-me como foi, quando viu o Sleep do Andy Warhol, na altura, numa sala de cinema em Paris. Foi com o irmão. No ecrã um homem dorme durante 5 horas. Eles não demoraram tanto, até se decidirem a sair da sala. No momento em que se levantam dos seus lugares, o homem do ecrã vira-se na cama. Eles voltam-se a sentar e continuam a ver o filme atentos. Até se voltarem a fartar e se levantarem de novo dos seus lugares. Tempo para o homem do ecrã fazer uma respiração pesada, ou um pequeno movimento do corpo. Eles não conseguem sair da sala, presos à promessa de acção, sempre frustrada.

Sleep era um filme sobre o sono. A Carta Roubada era um espectáculo sobre o sonho. Na cena duas mulheres a uma mesa durante 1 hora. Não se passa nada, uma come, uma faz um puzzle, uma abre a porta. Passa-se muita coisa. Promessa de acção, promessa de enredo, promessa de narrativa. Sempre frustrada. O espectáculo é um grande sonho. É talvez para se ver com sono. Perfeito talvez para ver em estado de vigília, onde o sonho é o nosso, feito com as imagens do espectáculo.

Eu vi o espectáculo. Eu sonhei com o espectáculo. O meu olhar sobre o espectáculo, está aqui. Não se passa nada. Passa-se muita coisa. Sempre as mesmas coisas. As imagens são muitas, são sempre as mesmas. O ritmo é lento. A sucessão das imagens aceleram o ritmo.

A carta voltou ao remetente. Encontramos a carta. Tinha sido escrita pelo Rui Nunes. Não o sabíamos antes. Mas tinha-mo-la guardada à vista. Bastou alguém olhar para ela."

texto de André Godinho para a folha de sala


OS PERSAS / indícios


de 17 Janeiro a 17 de Fevereiro

quarta a domingo
22.30h

Bilhetes: 10 euros

Reservas: 926 059 342


A peça Os Persas de Ésquilo foi representada pela 1ª vez em 472 a.C.

A batalha de Salamina, episódio central da trama, acontecera apenas oito anos antes e somente a alguns quilómetros do teatro.

Este texto é uma lamentação fúnebre, um infindável treno, o cântico doloroso da humilhação asiática perante a grandeza ascendente da Grécia, constituindo ao mesmo tempo um prodigioso retrato moral do mundo antigo.

Os Persas / indícios é a apresentação de uma primeira fase de trabalho sobre esta tragédia histórica. Miguel Loureiro lança, com outros seis actores, alguns indícios possíveis para uma leitura cénica da peça sendo o ponto de partida a exploração das várias dimensões que o texto oferece.

Ficha Artística:

Autor: Esquilo

Tradução: Urbano Tavares Rodrigues

Direcção: Miguel Loureiro

Interpretação: Bruno Simão / Carina Reis / Inês Nogueira / Luz da Camara / Martim Pedroso / Miguel Loureiro / Tiago Barbosa

Produção: ¾

Apoios: Cão Solteiro / Materiais Diversos




JANEIRO

DOIS ESPECTÁCULOS EM CENA A PARTIR DE DIA 17

DA COMPANHIA : REPOSIÇÃO DE 3
de terça a domingo às 21.30h


DE MIGUEL LOUREIRO produção 3/4 : OS PERSAS/ indícios
de quarta a domingo às 22.30h

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